Ao fundo daquela estrada
Via o meu caminho certo.
Corri, cheguei cansada,
Só encontrei o deserto.
Olhei, fiquei desolada.
Até então, nunca me tinha arrependido.
Procurei, achei e nada.
Percebi que me tinha perdido.
Andei, tanta porta fechada
Pelo caminho fui encontrando.
Já não sabia a morada.
Continuei, segui procurando.
Procuro ainda a chegada,
Do meu caminho atribulado.
Hoje, sei, depois de enganada
Que não fui a nenhum lado.
A vida apenas tem uma morada.
E nela todos os caminhos, são o certo.
Nunca sabemos qual a estrada.
Nem sabemos se estamos perto...
1999
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