quinta-feira, 26 de junho de 2008

Tempo?

Agora aqui... estendida perto do mar...
Todo o tempo é pouco...
E todo o pouco tempo... aqui...
Conta como se fosse todo o tempo do mundo...
Estou, completamente, simplesmente... de bem comigo...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tempo a Menos ou a Mais ?!


Andamos por esta vida...

Sempre atarefados...
"Stressados"...
A barafustar com tudo e com todos, que as férias não chegam...
Que não temos tempo para nós próprios...
Que o que fazia falta eram uns dias de descanso...
Que a vida passa e não a vivemos...
Que temos tanta coisa que queríamos fazer, mas não temos vagar...
E por aí...

Mas quando TEMOS TEMPO...

Não nos apetece fazer nada!
Barafustamos porque o dia passou e nada fizemos!
Temos tempo a mais do que precisamos!
Pensamos no que vamos fazer quando chegarmos ao trabalho!
O tempo a mais começa a dar-nos "stresses" desnecessários!
E como se não bastasse vamos até ao trabalho... só para saber novidades e ver o pessoal!

Alguém percebe isto...

A Influência da Lua...

Para os que têm dúvidas...



"As marés são o movimento periódico de elevação e declínio das águas do mar devido às forças de atracção gravitacional da Lua e do Sol. A superfície da Terra é constituída de parte sólida que chamamos crosta terrestre e uma parte líquida, rios, mares, etc. A região do nosso planeta que está mais próxima da Lua e do Sol sofrerá uma força maior, com isso a água será "puxada" mais fortemente que a crosta, formando uma protuberância de água nessa região.

A atracção gravitacional do Sol provoca um efeito semelhante nas águas do mar, se sobrepondo ao efeito produzido pela Lua. Por isto, quando o Sol, a Lua e a Terra estão alinhados, são observadas marés mais elevadas, pois nesta situação os efeitos se somam.


À medida que a Terra gira em torno de seu eixo, as marés alta e baixa sucedem-se numa dada região.

A amplitude das marés, isto é, a diferença de nível entre a preamar e a baixa-mar, varia muito de um lugar para outro. O fenómeno das marés ocorre em todas as superfícies de água da Terra, e não apenas nos oceanos. Embora menos evidentes, as marés existem em rios e lagos.

O entendimento das marés permitiu compreender a razão pela qual a Lua volta sempre a mesma face para a Terra. Outrora o nosso satélite encontrava-se provavelmente no estado líquido. A rotação desta esfera líquida em torno da Terra era acompanhada por um muito forte atrito de marés que tinha por efeito reduzir gradualmente a velocidade da rotação da Lua. Finalmente, cessou essa rotação em relação à Terra, as marés desapareceram e a Lua escondeu-nos metade da sua superfície."


in, http://br.geocities.com/saladefisica

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Lua Cheia...

Apenas a Lua brilha na penumbra da noite escura...
Apenas a Lua ilumina a solidão dos inocentes...
Apenas a Lua sonha os sonhos dos incrédulos...
Apenas a Lua sabe o que sei e não digo...
Apenas e só... a Lua...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Paralelo...

Vivo num paralelo...
O tempo não é igual,
Nem para mim,
Nem para ti.
Ambos existimos,
Mas vivemos paralelamente...
Eu, de um lado
Tu, de outro,
Em simultâneo,
Mas distantes.
Ao mesmo tempo,
Mas longe.
A vida caminha em linha recta,
Para mim,
Para ti,
Contudo,
Seguimos caminhos diferentes...
Talvez por isso, não te conheça
Talvez por isso, não me encontres
Talvez... nenhum de nós exista.

17.06.2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Lado Obscuro da Mente...


O lado mais obscuro do ser humano...
Foi, é e será a sua própria mente!
O vazio que nos preenche os nossos momentos mais calados, distantes, pensativos, dispersos... em que esse lado obscuro trabalha incessantemente sem nada pudermos fazer...
Esse lado, que por vezes ecoa o nosso pensamento... por outras ganha vida e volta-se contra nós próprios...
Responde-nos, insulta-nos e destrói qualquer pensamento que vá contra os seus princípios...
Deixamos de ter qualquer poder sobre nós próprios...
Avassala-nos o pensamento com as suas ideias e ideais e não o podemos contrariar...
Tudo isto associado a uma fase lunar, que atinge o âmago da sua existência daqui a poucas horas... deixa-me assim... sem nada puder fazer, inquieta e perdida... apenas ouvindo-me, moendo-me...
Discutindo e lutando com o meu Eu Interior, a mãos com uma guerra interminável com a minha própria mente... obscura, insegura, incrédula, tremula de decisões e dispersa no raciocínio...
Enfim, o lado mais obscuro de mim...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

13 de Junho

13 de Junho de 1888 - 30 de Novembro de 1935



Se depois de eu morrer

Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.

Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.

Alberto Caeiro

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Momentos...

Há momentos... absolutamente fantásticos...
Em que alguns cérebros se juntam e pensam em conjunto... sobre como pensamos o pensamento...
Eu penso...
Tu pensas...
Nós pensamos...
E ainda que com contornos diferenciados, a conclusão é semelhante...
Pensamos demais!
Existimos demais!
Enfim, carregamos o peso de milénios de culturas e pensamentos diferentes...
Se gerações “rascas” existiram, neste momento atravessamos a fase da geração “saco roto” ou seja, tudo cabe cá dentro...
Estamos cheios de informação, processamo-la a uma velocidade alucinante e acabamos por ter necessidade de travar esse impulso inato de pensar o pensamento e não o conseguirmos suster... Lixado no mínimo!
A conclusão é só uma...
Gostava de passar os meus dias a carimbar papéis!!!

terça-feira, 10 de junho de 2008

A Portuguesa

I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente e imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu, jucundo,
O oceano, a rugir de amor,
E o teu Braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

1890 (com alterações de 1957) Henrique Lopes de Mendonça

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sombras...


Sombras...
Gestos,
Medos,
Luzes, ofuscam, apagam os dedos.
Sombras...
Conversas,
Ruídos perdidos,
Gritos, abafam, desprendem sentidos.
Sombras...
Frio,
Tremendo gelo,
Arrefece, queima, arrepia sem zelo.
Sombras...
Escuras,
Ocas,
Vazias,
Perdidas.
Sombras...

02/06/2008

domingo, 1 de junho de 2008

Procuro...


Ao fundo daquela estrada
Via o meu caminho certo.
Corri, cheguei cansada,
Só encontrei o deserto.


Olhei, fiquei desolada.
Até então, nunca me tinha arrependido.
Procurei, achei e nada.
Percebi que me tinha perdido.


Andei, tanta porta fechada
Pelo caminho fui encontrando.
Já não sabia a morada.
Continuei, segui procurando.


Procuro ainda a chegada,
Do meu caminho atribulado.
Hoje, sei, depois de enganada
Que não fui a nenhum lado.


A vida apenas tem uma morada.
E nela todos os caminhos, são o certo.
Nunca sabemos qual a estrada.
Nem sabemos se estamos perto...


1999